terça-feira, 17 de março de 2009

Próximo Evento - Marcha ao Alto da Pedrada - 21 Março 2009

Depois de se atravessar os Arcos de Valdevez em direcção á Portela do Mezio, encontra-se o bosque até ao parque de campismo da Travanca, local de início deste percurso.

Este percurso desenrolado em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, inicia-se com a subida da calçada que parte da casa florestal até à “Branda de Currais Velhos” com os antigos abrigos dos pastores. Sobe-se até chegar a uma Chã, local em que bem perto se pode ver a “Branda de Cova” instalada num bonito vale, tendo a protegê-la dos ventos o “Pico do Guidão”.

Depois atravessa-se uma pequena corga por onde corre o ribeiro de “João Cão”, iniciando um corta-mato de meia encosta sempre subindo, proporcionando o estender da vista pela paisagem, tendo no horizonte os contornos dos Carris e dos Cotos da Fonte Fria da serra do Gerês.

Continua-se absorvido pela vegetação, passa-se perto das ruínas da “Branda A Curral do Pedro”, até atingir uma pequena elevação de onde se avista lá bem á frente o objectivo. Para lá chegar tem-se, ainda, que continuar a subir através de um mundo de pedra, cruzando pequenas linhas de água, com vegetação mais rasteira sinónimo de altitude.

Atinge-se, assim, o “Alto da Pedrada” (1416 m) ponto mais elevado do Alto–Minho, local de paisagem soberba onde a vista se estende pela imensidão da distância. Através do horizonte, pode-se distinguir a borda atlântica, com uma linha de escadas cujos degraus são as cumeadas das serras de Santa Luzia, Aguieira, Arga, Antela e Miranda, qual escadório em direcção do trono da Nossa Senhora da Peneda. Também á volta e nas redondezas pode-se avistar, o local de “Lamas de Vez”, nascente desse rio e onde existem vestígios de Antas e Mamoas, testemunho de civilização milenária.

Ainda na mesma direcção avistam-se os muros que convergindo formam o “Fojo do lobo” obra de engenharia popular executada ao longo de gerações, para dar caça ao principal inimigo dos rebanhos e pastores. Para poente estende-se o “Vale do Ramiscal” santuário natural de uma enorme diversidade de vegetação, sendo considerado como área de “Reserva Integral” e uma das mais importantes da Europa.

Começando a descida, passa-se junto a uma estranha mancha granítica junto a um abrigo, descendo-se através da encosta da serra, por entre as cinzas de uma recente queimada, atingindo-se o estradão florestal junto da “Fonte dos Azevinhos” (seculares).

Continuando ao longo do estradão, com pequenos desvios para poder observar as “Brandas de Bragadela, Bezerreiras e Bicos”. No “Picoto dos Bicos”, belo miradouro natural, estende-se a vista sobre a serra e bem lá no fundo colocado aparece, sobre um tapete natural colorido pela diversidade da vegetação, o “Fojo da Cabrita” e as “Brandas da Lombadinha” (Albar, Soengas e Montelos).

Continuando a descer até á “Branda de Vidoeira”, também se passa, lá no fundo de um vale, a “Branda de Piorneda”. Depois sobe-se ao longo de um bosque de pinheiros silvestres, até a um alto, iniciando então a descida final que leva a passar junto da “Branda da Berzavó” atingindo a Ponte do Rio Grande, mais conhecido por Ázere, local de belas piscinas naturais.

Logo depois, caminhando por entre um maravilhoso bosque, atinge-se o ponto de partida e final deste percurso.

Adaptado de Miguel Moreira - Amigos da Chão

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